sábado, 21 de abril de 2012

Os Nádis

Os Nadis estão ligados aos Chakras. O canal central Sushumna, desempenha papel vital nas práticas do Yoga e tântricas. Os Chakras são centros de intercâmbio entre a energia física e a psicológica dentro da dimensão física, e prana é a força que une o físico e com o mental, e o mental com o espiritual. Na verdade o físico, mental e o espiritual são a mesma coisa e trabalham juntos em todos os níveis. Alguns Nádis maiores como nervos, veias e artérias físicas são conhecidos pela ciência médica atual. Porém, como nem todos os Nádis assumem forma física, nem são visíveis como caracteres, é impossível localizá-los, observá-los ou traçar seu caminho através dos meios menos sutis. Os nádis sutis não de dois tipos:
Nadis Pranavha... Condutores da força prânica.
Nadis Manova... Condutores da força mental.
Os Nadis Pranavha e Nadis Manova correm, em geral, juntos. Embora contestem descrição, estão de alguma forma ligada aos nervos sensoriais do sistema nervoso autônomo. Os nervos e nadis yogas do sistema nervoso autônomo trabalham juntos, da mesma forma que a psique trabalha com a fisiologia.
Certos estudos de anatomia contradizem a descrição do Sushumna fornecida pelas escrituras tântricas, sustentando que o canal central contém somente líquido cerebroespinhal, sem qualquer menção à presença de fibras nervosas. Neurologicamente é impossível para a coluna vertebral possuir abertura no topo da cabeça para a entrada e saída do fluxo de prana. Portanto, é difícil fornecer anatomia precisa dos chakras. Na acupuntura existe um meridiano chamado Meridiano Governante dos vasos, que apresenta alguma correspondência com o sushumna. Nele, o fluxo energético começa na ponta do cóccix, ascende pela espinha dorsal, atinge um ponto no alto da cabeça e, então se curva, descendo ao longo da linha do meridiano até um ponto logo abaixo do umbigo. Os meridianos da acupuntura podem ser comparados aos nadis pranavha.
Segundo o tratado tântrico Shiva Samhita, existem quatorze nadis principais. Desde, IdaPíngala e Sushumna. São considerados os mais importantes. Todos os nádis estão subordinados ao Sushumna. O prana viaja através do Sushumna, partindo do plexo pélvico para o Brahma Randhra ("a caverna de Brahman" – espaço vazio entre os dois hemisfério cerebrais), situado no interior do eixo cérebro espinhal. O Chakra Muladhara é o ponto de encontro destes três nadis principais, sendo conhecido como Yukta Triveni (yukta, "combinado"; tri, "três"; veni, "correntes").
Os primeiros dez nadis ligados aos dez "portais", ou aberturas do corpo:
01. Sushumna ou Brahma Randhra (fontanela)
02. Ida (narina esquerda)
03. Píngala (narina direita)
04. Gandhari (olho esquerdo)
05. Hastaiihava (olho direito)
06. Yashasvini (orelha esquerda)
07. Pusha (orelha direita)
08. Alambusha (boca)
09. Kuhu (genitais)
10. Shankhini (ânus)

Localização dos Dez Pranas Conforme os Upanishads e Outras Fontes

Fonte/Nome do prana
Ioga Chudamani Upanishad
Shri Jabala Darshana Upanishad
Shat-Chakra-Nirupana Pandukapunchaka
Satyananda
Prana
Coração
Em movimento constante entre a boca e o nariz, no centro do umbigo e no coração.
No Coração
Na região entre a laringe e o alto do diafragma
Apana
Muladhara
Ativo no intestino grosso, nos órgãos genitais, coxas e estômago; Também no umbigo e nas nádegas
No ânus
Na região abaixo do umbigo
Vyana
Abrange todo o corpo
Ativo desde a região entre as orelhas e os olhos até os calcanhares; emerge na faringe no lugar do prana
Abrange todo o corpo
Abrange todo o corpo
Samana
Umbigo
Abrange todas as partes do corpo
No Umbigo
Na região entre o coração e o umbigo
Udana
Faringe
Membros superiores e inferiores
Na garganta
Nas partes do corpo acima da Faringe
Naga
0
Compreende a pele e os ossos
0
0
Kurma
0
Na pele e nos ossos
0
0
Krkara
0
Na pele e nos ossos
0
0
Devadatta

Na pele e nos ossos
0
0
Dhanamjaya
Abrange todo o corpo
Na pele e nos ossos
0
0

Funções dos Dez Pranas Conforme os Upanishads e Outras Fontes

Fonte/Nome do prana
Ioga Chudamani Upanishad
Shri Jabala Darshana Upanishad
Shat-Chakra-Nirupana Pandukapunchaka
Satyananda
Prana
0
Inspiração e expiração de ar; tosse
Respiração
Ligado com os órgãos respiratórios, os órgãos da fala juntamente com os músculos e nervos que ativam estes órgãos; a força com a qual o ar é inspirado
Apana
0
Excreção das fezes e urina
Funções excretoras
Fornece energia para o intestino grosso, rins ânus e órgãos genitais; Primariamente estava relacionado com a expulsão do prana através do reto.
Vyana
0
Atividades de decomposição
Está presente em todo o corpo, afetando a divisão e a difusão; impede a desintegração; e mantém o corpo como um todo
Controla todos os movimentos do corpo e coordena outras energias vitais; harmoniza e ativa todos os membros, músculos ligamentos, nervos e juntas; é responsável também pela postura ereta do corpo.
Samana
0
Mantém as partes do corpo íntegras
Controla o processo de digestão e assimilação.
Ativa e controla o sistema digestivo; fígado, intestinos, pâncreas e estômago, assim como as secreções que eles produzem; também ativa o coração e todo o sistema circulatório.
Udana
0
Controla a atividade motora ascendente
Sobe o vayu
Controla os olhos, nariz, ouvidos e todos os outros órgãos do sentido, inclusive o cérebro. Sem ele, seria impossível pensar e ter percepção do mundo exterior.
Naga
salivar
Soluçar
0
  •Espirrar
  •Bocejar
Kurma
Abrir os olhos
Piscar
0
  •Arranhar, coçar
  •Arrotar
Krkara
Espirrar
Sentir fome
0
  •Soluçar
  •Sentir fome
Devadatta
Bocejar
Sentir sono
0

Dhanamjaya
Abrange todo o corpo; nunca sai do corpo
Fitar atentamente
0


Glaucia Cerioni - Professora e Praticante Yoga 

Copyright© 2013 ~ Hot Stock ~ Todos os Direitos Reservados

domingo, 1 de abril de 2012

Pranayama

Etimologicamente, a palavra sânscrita pranayama significa domínio (yama) sobre o prana. A maioria dos autores conceitua como a suspensão voluntária do alento, isto é, do prana, e é o objetivo comum que todos eles apontam para os vários exercícios respiratórios, constituído o “ abre-te sésamo” para a trascendência e a libertação.

O venerável Swami Vivekananda narra uma parábola ilustrando a importância do pranayama.
 "Conta-se que o ministro de um grande rei caiu em desgraça. Como conseqüência, o rei mandou encerra-lo na cúspide de muita elevada torre. Assim se fez, e o ministro foi relegado a ali consumir-se, Ele contava, porém, com uma fiel esposa, que à noite foi à torre e, chamando o marido, perguntou-lhe que poderia fazer para facilitar a fuga. Respondeu-lhe que na noite seguinte voltasse trazendo uma corda grossa, um forte barbante, um carretel de fio de cânhamo e um outro de fio de seda, um besouro e um pouco de mel. Muito admirada, a boa esposa obedeceu e lhe trouxe os objetos pedidos. Então o marido lhe disse que atasse a extremidade do fio de seda ao corpo do besouro, que lhe untasse os chifres com uma gota de mel e que o colocasse sobre a parede da torre, deixando-o em liberdade e com a cabeça voltada para o alto. Assim ela fez e o besouro principiou sua viagem. Sentindo o cheiro de mel diante de si, trepou lentamente, com a esperança de alcançá-lo, até que chegou ao cume da torre. Apoderando-se então do besouro, encontrou-se o ministro na posse de um dos extremos do fio de seda. Nessa situação, disse à esposa que unisse no outro extremo o fio de cânhamo e, depois que este foi puxado, repetiu o processo com o barbante e finalmente com a corda. O restante foi fácil: o ministro conseguiu sair da torre por meio da corda, evadindo-se."

Em nossos corpos, continua o yogui Vivekananda, o alento vital é o fio de seda e, aprendendo a dominá-lo, apoderamo-nos do fio de cânhamo das correntes nervosas, destas fazemos outro tanto com o forte barbante de nossos pensamentos e, finalmente, apoderamonos da corda do prana, com a qual logramos a libertação.

Glaucia Cerioni - Professora e Praticante Yoga 

Copyright© 2013 ~ Hot Stock ~ Todos os Direitos Reservados

Pingala

Pingala é um canal direito. Transportador de correntes solares, Pingala é de natureza masculina, e um depósito de energia destrutiva. É conhecido como Yamuna. À sua maneira, Pingala é também purificado, mas limpa como fogo. Pingala algumas vezes é representado como olho direito. No Svara Yoga, Pingala representa a respiração pelo lado direito, isto é, a respiração que flui pela narina direita. O lado direito é de natureza elétrica, masculina, verbal e racional. O Nadi Pingala torna o corpo físico mais dinâmico e eficiente, sendo ele quem fornece mais vitalidade e mais poder masculino. Realiza-se o surya bhedana pranayama (respiração para aumentar o poder sol/direita) para ampliar o vigor, a resistência e a energia solar. O surya bhedana pranayama é exceção no reino da respiração do Yoga: neste pranayama a respiração começa pela narina direita, excitando o Nadi Pingala. No svara yoga admite-se claramente que o Nadi Pingala torna um homem "puramente homen", assim como Ida torna a mulher "puramente mulher". A predominância da narina direita é recomendada para atividades físicas, trabalhos temporátios, discussões, debates e, naturalmente, duelos.
A prática do yoga, de deixar a narina direita aberta à noite, quando a energia solar é menos forte, mantém o equilíbrio do organismo saudável. Deixar o Nadi Ida ativo durante o dia e o Pingala durante a noite, aumenta a vitalidade e a longevidade. Pingala é de natureza rajasika (energética), e mantê-lo ativo durante as horas noturnas de indolência aumenta a saúde holística do organismo.
O sol, dizem os yogis, está relacionado com os olhos de Virata Purusha. Segundo o Prusha Sukta: "Chakshore suryo ajayatah", isto é: "O sol vem pelos olhos", significando que o sol nasce dos olhos de Virata Purusha. Os olhos são o veículo do sol. Os olhos discriminam. Eles – e o sol estão relacionados ao intelecto e ao cérebro racional. A noite é tempo de fantasia. Os grandes pensadores utilizam a noite para contemplar. Diz-se que "quando é noite para as pessoas do mundo, é dia para os yogis". Pingala como Ida, é um Nadi Manovahi. Pingala é mais ativo durante o ciclo decrescente da lua (da cheia para nova) e opera nove dias em quinze, do nascer ao pôr-do-sol. Atinge-se o controle total dos Nadis Ida e Pingala através da prática, regular dos pranayamas e com muita (disciplina).

Glaucia Cerioni - Professora e Praticante Yoga 

Copyright© 2013 ~ Hot Stock ~ Todos os Direitos Reservados 

Ida

Ida é o canal esquerdo. Transportador das correntes lunares, Ida tem natureza feminina, sendo celeiro da produção de vida, a energia materna. Ida é nutrição e purificação, por isso é chamado de Ganga (Ganges). Algumas vezes é representado como olho esquerdo. No Svara Yoga representa a respiração "esquerda". Esquerda é descrita no Tantra, como de natureza magnética, feminina, visual e emocional. Na prática do Pranayama (respiração do yoga), com exceção do surya bhedana pranayama, a puraka (inalação) começa pela narina esquerda. Isto excita o Nadi Ida, pois este nadi se origina no testículo esquerdo e termina na narina esquerda. A respiração específica pela narina esquerda excitará o Nadi Ida, e seus produtos químicos nutridores purificação a química o corpo, benefício facilmente obtido pela meditação. A Shiva Svaradaya e a Jnana Svarodaya recomendam que todas as atividades importantes, em especial as que proporcionam estabilidade para a vida, são mais bem desempenhadas quando Ida está operando.
No sistema do Svara Yoga, os praticantes observam o hábito de manter a narina esquerda aberta durante o dia para equilibra a energia solar recebida durante este período. O Nadi Ida é de natureza sattvika, e mantê-lo em operação durante o dia (que é dominado pela energia rajasika) faz aumentar sattva, criando um equilíbrio para si próprio; tornando-nos mais relaxados e mais alerta mentalmente. O Nadi Ida é responsável pela restauração energética do cérebro. Está situado no lado esquerdo da meru danda e tem sido confundo com a cadeia de gânglios nervosos conectadas às fibras nervosas chamadas de cordão simpático. Existe similaridade, talvez porque o sistema simpático controle e influencie a respiração, estando esta ligada as narinas; como existe correlação entre o chakra e as glândulas endócrinas, a definição exata ainda não foi documentada na Medicina ocidental. Ida não é nervo, nem cordão nervoso; é um nadi manovhi. Em várias culturas diferentes, especialmente na Índia, a lua (em sânscrito, chandra) está relacionada à psique. No Purusha Sukta lê-se que: "Chandrama Manaso jatah", isto é, "A lua nasceu dos manas de Virat Purusha {Ser Supremo}".
A "respiração lunar" (narina esquerda) é chamada de Ida no Svara Yoga. Os yogis identificam Ida como sendo um nadi pranavahini, e o consideram um dos mais importantes nadis manovahi. O prana, com o auxílio de Ida, é capaz de fluir para dentro e para fora da narina esquerda. Durante o ciclo crescente da lua (da lua nova para a cheia), Ida domina por nove dias, nos quinze do nascer ao pôr-do-sol. Ainda não foi possível a localização deste nadi através de modernos aparelhos técnicos, mas o aspecto pranavahi de Ida pode ser claramente sentido nos efeitos do svara sadhana (seguidores da Ciência da Respiração), e pela prática do pranayama.
 
Glaucia Cerioni - Professora e Praticante Yoga 

Copyright© 2013 ~ Hot Stock ~ Todos os Direitos Reservados 

Sushumna

  O Sushumna está situado no centro do corpo e passa através da meru danda (coluna vertebral)
  O Sushumna se origina no Chakra Muladhara, percorre o corpo, transpassa o talu (palatu na base do crânio), e se une ao Sahasrara (plexo do mil nádis no topo do crânio), conhecido como ("Lótus das Mil Pétalas"). Este nádi se divide em dois ramos; o anterior e o posterior.
O anterior vai para o Chakra Ajna, situado no ponto entre as sobrancelhas e se une ao Brahma Randhara. O posterior passa por trás do crânio e se une ao Brahmara Gupha ("caverna da abelha") e Andhara Kupa ("poço cego", ou décimo portal). Externamente é a "moleira" que está aberta no nascimento. Em um recém-nascido, pode-se observar a pulsação neste ponto durante as primeiras semanas de vida; após o sexto mês, ela começa a endurecer. Depois deste tempo será aberta somente através de práticas especiais de Laya Yoga, Srava Yoga, Kriya Yoga ou Nada Yoga. Nos shastas (escrituras antigas), lê-se que quem dixa o corpo pelo décimo portal atravessa o "caminho sem retorno" (Isto é a liberação do ciclo da morte e do renascimento). Existem yogis que seguem disciplinas que preparam este portal, de modo que sua última respiração carregue a alma para a liberação. O verdadeiro aspirante, desejoso da liberação, trabalhará o ramo posterior do Sushumna.

 Outro aspecto especial do Sushumna é não ser limitado pelo tempo. Quando o yogi em meditação se coloca no ponto médio entre as sobrancelhas, no Chakra Ajna (terceiro Olho), e transcende o prana na região de Brahma Randhra, ele fica além do tempo. Torna-se um trikaladarshi (conhecedor do passado, presente e futuro). No Chakra Ajna, ele vai além da dimensão do tempo e a morte não o alcança. As funções do corpo físico param, e o processo de envelhecimento se interrompe no momento anterior à morte todos os seres humanos respiram a inalação do Sushumna, quando ambas as narinas trabalham simultaneamente. Diz-se que a morte – com exceção da acidental – não acontece quando predomina Ida ou Píngala. Isto é, quando somente opera a narina direita, ou se a respiração está sendo feita predominantemente pela esquerda.
Os Nádis Sarasvati e Brahama são outras denominações de Sushumna. Não são identificações apropriadas, pois o Sushumna é um canal onde existem outros nádis sukhma (sutis), e Sarasvati é um nádi complementar de Sushumna que flui fora dele no lado esquerdo. Este nádi é responsável pelo sonho, alucinações e visões. Chitra em sânscrito, significa pintura ou desenho. É automaticamente ativo nos pintores, artistas visionários e poetas. O final do Nadi Chitra é chamado Brahma dvara ("a porta de Brahman"), e o Devi Kundalini ascende porta até a abóboda final – O Chakra Manasa, Lalana ou Soma – o local do encontro de Kameshavara e Kameshvari (Shiva e Shakti), logo acima do ponto reside Kamadhenu (a vaca que satisfaz os desejos).

Como mencionado anteriormente, o Chakra Muladhara é o ponto de encontro dos três principais nádis, sendo chamado de Yukta Triveni (Yukta, "envolvimento"; triveni "encontro das três correntes"). Do Muladhara eles se movem alternadamente através do chakra até atingirem o Ajna, onde novamente se reúnem formando um nó frouxo com o Sushumna. Aqui o encontro das três correntes é chamado Mukta Triveni (mukta, "liberado"), Como o sexto chakra (ajna) está além dos elementos, o yogi que atinge este nível por seu poder, via Sushumna, está liberto da escravidão. Uma vez estabelecido, o yogi mantém um estado de kevali kumbhaka (capacidade de reduzir o fluxo da respiração). Além do nó no Chakra Ajna, Ida e Píngala terminam nas narinas esquerda e direita, respectivamente, e assim Chitra e Vajra agem como correntes lunares e solares, e o Nadi Brahma, como o ígneo Sushumna tamasika. Os nádis Vajra e Chitra são as correntes solar e lunar interiores do sushumna. Um yogi estabelecido neste chakra torna-se um tattvatita (além dos elementos), mas ainda sujeito as alterações de humor criadas pela predominância de um ou outro guna (atributo, qualidade); ainda não é gunatita (além dos atributos). Quando guanatita atinge o nirvkalpa samadhi (também chado de nirbijha, ou samadhi "sem semente") um estado especial de meditação profunda e duradoura.

No espaço fora do meru danda (coluna vertebral), à esquerda e a direita, estão os Nadis Ida e Píngala. A substância do Nadu Sushumna, que está no meio, é composta de canais triplos. Os gunas. Os Nadis Vajra e Chitra começam em um ponto da largura de dois dedos acima do Sushumna.

Glaucia Cerioni - Professora e Praticante Yoga 

Copyright© 2013 ~ Hot Stock ~ Todos os Direitos Reservados 

SOMA

NOME DO CHAKRA: SOMA

SIGNIFICADO DO NOME DO CHAKRA:"Néctar; a lua"
LOCALIZAÇÃO: Um dos menores chakras dentro do sétimo, Soma está localizado acima do “terceiro olho” no centro da testa.
COR BIJA (SEMENTE):
SOM DO BIJA-
SOM DA PÉTALA BIJA:
FORMA DO TATTVA:
SENTIDO PREDOMINANTE:
ÓRGÃO DO SENTIDO:
ÓRGÃO MOTOR:
VAYU (AR):
ASPECTOS:
TATTVA (ELEMENTO):
COR DO TATTVA:
LOKA (PLANO):
PLANETA REGENTE: Rahu.
FORMA YANTRA: Um crescente prateado em um lótus branco-azulado. O chakra Soma é também conhecido como chakra Amrita; tanto soma como amrita significam “néctar”. É um chakra com um lótus de doze pétalas (algumas escrituras falam em dezesseis), no centro do qual está a lua crescente, a fonte do néctar.
Este néctar vem para a lua através de Kamadhenu, a vaca realizadora dos desejos. Ele vaza constantemente no nirjhara gupha, o espaço vazio entre os dois hemisférios.
Três nadis, Ambika, Lambika, Talika, junto com o Kamadhenu, são as quatro fontes do néctar. Em seu curso natural ele desce, e quando atinge o Chakra Manipura é queimado pela energia solar do plexo solar. Através da prática do khechari mudra, yogues conseguem bloquear a descida do fluxo do néctar enquanto desfrutam os sons sutis do nada pela meditação no lótus de oito pétalas do chakra Hameshvara ( outro chakra menor dentro do sétimo). Aqui os três Nadis Vama, Iyeshtha e Raudri formam o Triangulo Á – Ka – Thã, bem conhecido dos yogues. Dentro desse triângulo estão sentados Kameshvara em união eterna, cobertos por pétalas branco-azuladas de lótus.
Triângulo Á – Ka – Thã. Esta forma cotém uma combinação de três energias. Brahmi é a energia do criador Brahma; Vaishnavi, do preservador Vishnu e Maheshvari, do transformador Maheshvara, senhor dos senhores, o próprio Shiva. Estes três shaktis fluem através dos três Nadis Vama, Iyeshtha e Raudri, que formam o triangulo Á – Ka – Thã. O mesmo triângulo formado pelos mesmos nadis existe no Chakra Muladhara, onde Shiva está sob a forma de Lingam Svayamohu, e Shakti sob a serpente enroscada em torno do lingam. Os Nadis Vama, Iyeshtha e Raudri correspondem a Brahma; Vaishnavi Maheshvari, respectivamente. Estas energias formam os três aspectos da consciência: o conhecimento, o sentimento e a ação, dos quais emanam a verdade, beleza e bondade. A realização da verdade (satyam), beleza (sundaram) e bondade (shivam) em todas as formas de expressão é o mais alto objetivo da vida, e a incorporação dele no comportamento, o mais elevado estado de realização.

SOM BIJA:

VEÍCULO DO BIJA:

DEIDADE: Kameshvra e Kameshvara é o próprio Senhor Shiva. É o senhor do princípio do desejo (kama, “desejo”; ishvara, “senhor”). É aquele que está sentado em cima do famoso triângulo Á – Ka – Thã e com quem os Devi estão ansiosos para se encontrar ( Adya, Kundalini, Kula, Tripua e Kameshvari). Kameshvari está sentada no Muladhara como uma energia adormecida. Através da estreita passagem do Nadi Brahma, ele corre para se encontrar com seu senhor Kameshvara, utilizando qualquer um dos cinco movimentos. Girando as pétalas dos lótus dos chakras, ela atinge o mais alto deles para encontrá-lo. Descreve-se Kameshvara como a mais bela forma masculina. Está sentado como um yogue, mas em um abraço eterno com a bela-amada Sundari Tripura, que é Kameshvari, o mais beleo aspecto feminino nos três mundos (tri, “três”; pura, “planos, mundos”; sundari, “bela”). Kameshvara é também chamado de Urdhvareta ( urdhva, “para cima”; reta, “corrente, fluxo”), pela sua capacidade de retirar a essência do líquido seminal ascendente através do Sushuma; é o senhor do conhecimento do movimento ascendente da energia. O Vamachara (“mão esquerda”) Tantra fornece uma descrição completa deste processo de movimento ascendente e afirma ser este o local para onde deve ser trazida a semente: aqui a semente física masculina (bindu) use-se à feminina, e a união interior e exterior torna-se tantra (consciência expandida) por ser uma combinação de bhoga e yoga, isto é, diversão e afastamento. Kameshvara concede o poder do movimento ascendente e a retenção da semente; portanto, a meditação em Kameshavara apazigua o ego, e o yogi, sentado no Chakra Soma, desfruta bragmananda (felicidade de Brahman). Kameshvari está, então, em paz e união com o seu bem-amado. Não é mais a serpente furiosa que respira fogo, como acontece quando subitamente desperta seu sono.

EFEITOS DA MEDITAÇÃO: Aquele que medita neste chakra e interrompe o fluxo descendente deste amrita, ou néctar – pelo mudra Khechari ( khe, “éter”; chari, “movimento”) – torna-se imortal no corpo físico. É capaz de interromper o processo de envelhecimento e permanecre jovem para sempre, cheio de vitalidade resistência. Obtém vitória sobre a doença, decadência e morte, e defruta da felicidade eterna através da união de Shiva e Shakti – o último objetivo do Kundalini Yoga. O mudra Khechari aumenta o fluxo ascendente da energia, e o yogui é capaz de permanecer no Mandala Gagana, ou Mandala Shunya, “o vácuo”, isto é, o espaço vazio entre os dois hemisférios, conhecido como décimo portal do corpo. Está localizado no Sahasrara, o sétimo chakra. O Chakra Soma está acima do Ajna e abaixo do Kameshvari, alinhado no meio da testa, sendo o local do soma (a lua), amrita (néctar) e kamadhenu. A cor de Kamadhenu é branca, sua face é a do corvo, a testa é ahamkara (ego) e os olhos são humanos, de natureza brâmica. Possui os chifres de uma vaca, pescoço de cavalo, cauda de pavão e asas de um cisne branco (hamsa).

Glaucia Cerioni - Professora e Praticante Yoga 

Copyright© 2013 ~ Hot Stock ~ Todos os Direitos Reservados

SAHASRARA - SÉTIMO CHAKRA

NOME DO CHAKRA: SAHASRARA - SÉTIMO CHAKRA

SIGNIFICADO DO NOME DO CHAKRA: “De mil pétalas”. Também chamado Chakra Shunya (vazio, vácuo) e chakra Niralambapuri (moradia sem apoio).
LOCALIZAÇÃO: Topo craniano, plexo cerebral. O Chakra Soma esta incluído.
COR BIJA (SEMENTE): Dourada
SOM DO BIJA-SHAM
SOM DA PÉTALA BIJA: Todos os puros do AH ao KSHA, incluindo todas as vogais e consoantes da língua sânscrita. São escritas de maneira sistemática nas pétalas.
VAYU (AR):
LOKA (PLANO): Satyam Loka, o plano da verdade e da realidade.
PLANETA REGENTE: Ketu.
FORMA YANTRA: Círculo como a lua cheia. Em algumas escrituras o yantra é mencionado como purna chandra (lua cheia), em outras, como nirakara (sem forma). Acima da esfera está um guarda-chuva de mil pétalas de lótus, arrumadas nas cores do arco-íris.

SOM BIJA:SHAM Visarga (determinado som da respiração em pronuncia sânscrita).

VEÍCULO DO BIJA: Bindu

DEIDADE: O Guru interior.
Shakti: Chaitanya. Algumas escrituras indicam Paramatma; outras , Mahashakti.
Planos Englobados No Chakra Sahasrara: Os planos abaixo são realizados pelo yogi que atingiu a consciência do sétimo chakra:
- O plano da irradiação (Tejas Loka). Tejas é luz, fogo ou visão em sua essência mais refinada. O yogi torna-se iluminado como o sol. Sua aura de luz é continuamente radiante.
- O plano das vibrações primordiais (Om Kara). AUM (ou OM) é o primeiro som, infinitamente contínuo. Aqui a sua freqüência tornar-se manisfesta dentro do yogi.
- O plano gasoso (Vayu Loka). O yogi obtém a supremacia sobre o prana, que fica tão sutil (Sukshma) que se diz que todo o prana dentro do corpo fica do tamanho do polegar (angushtha matra); se colocar um pedaço de vidro abaixo do nariz do yogi, não haverá vapores depositados.
- O plano do intelecto positivo (Subuddhi Loka). Todos os julgamentos de valor ou percepções dualistas devem ser equilibrados, ou poderá surgir na mente o intelecto negativo (durbuddhi), o negativo do divino.
- O plano da felicidade (Sukha Loka) surge quando se estabelece equilíbrio no corpo, psique e mente.
- O plano da indolência (Tamas Loka) pode ocorrer quando o yogi atinge um estado de felicidade, somente ao parar toda a ação: quando entra em estado de samadhi, o corpo físico fica totalmente inativo.

EFEITOS DA MEDITAÇÃO: Obtém-se a imortalidade no Chakra Sahasrara. Antes de atingir este chakra o yogi é incapaz de chegar à consciência inconciênte chamada asama-prajnata-samadhi. Neste estado não há atividade de mente, nem qualquer conhecimento, nada a ser conhecido: conhecimento, conhecedor e conhecido, tudo fica unificado e liberado.
O samadhi é o êxtase puro da inatividade total. Até o sexto chakra o yogi pode entrar em um transe no qual a atividade ou forma permanece ainda dentro da consciência. No Chakra Sahasrara o prana move-se para cima e atinge o ponto mais elevado. A mente se estabelece no puro vácuo do Mandala Shunya, o espaço entre os dois hemisférios. Neste ponto todos os sentimentos, emoções e desejos, que são atividades da mente, são dissolvidos em sua causa primária. Atinge-se a união. O yogi é sat-chit-ananda, verdade-ser-felicidade. Ele é o seu próprio ser real e, enquanto permanece no seu corpo físico, retém a consciência não-dual, apreciando o papel de lilá sem ter problemas com o prazer e a dor, honrarias e humilhações.
Quando a Kundalini sobe até o Chakra Sahasrara, dissolve-se a ilusão do “ser individual”. O yogue torna-se realizado, uno com os princípios cósmicos que governam todo o universo dentro do corpo. Obtém todos os siddhis (poderes) até o Chakra Soma, onde encontra Kamadhenu, a vaca realizadora dos desejos dentro dele. É um siddha, mas transcendeu o desejo de manifestar estes desejos.
Segundo os shatras, Sahasrara é o local da alma auto luminescente, ou chitta, a essência do ser. Aqui chitta é como uma tela onde se vê o reflexo do Ser cósmico, e através da qual se reflete o divino. Na presença do ser cósmico é possível para qualquer pessoa sentir o divino, e até realizar a divindade dentro de si.

Copyright© 2013 ~ Hot Stock ~ Todos os Direitos Reservados

AJNA - SEXTO CHAKRA

NOME DO CHAKRA: AJNA - SEXTO CHAKRA

SIGNIFICADO DO NOME DO CHAKRA:"Autoridade, comando. Poder ilimitado"
LOCALIZAÇÃO: Plexo da medula; plexo pienal; ponto entre as sobrancelhas.
COR BIJA (SEMENTE): Dourada.
SOM DO BIJA-
SOM DA PÉTALA BIJA: Hang, Kshang.
FORMA DO TATTVA:
SENTIDO PREDOMINANTE:
ÓRGÃO DO SENTIDO:
ÓRGÃO MOTOR:
VAYU (AR):
ASPECTOS:
TATTVA (ELEMENTO):: Maha Tattva, no qual todos os outos tattvas estão presentes em sua essência pura rarefeita (tanmatra). Segundo a filosofia Samkya, Mahat, ou Maha Tattva, consiste de três gunas e inclui manas, buddhi, ahankara e chitta; ; e de Maha Tattva provêm os cinco mahabhutas (os cinco elementos densos, isto é, akasha, ar, fogo, água e terra ). Contudo, segundo o Tantra, a causa dos manas, buddi, ahamkara e chitta.
COR DO TATTVA: Azulado-luminescente-transparente ou branco-cânfora.
LOKA (PLANO): Tapas Loka, o plano da austeridade ou penitência (tapasia).
PLANETA REGENTE: Saturno
FORMA YANTRA: Círculo branco com duas pétalas luminosas. Estas pétalas são a representação da glândula pineal. Vemos no centro do círculo um lingam.

SOM BIJA: AUM

VEÍCULO DO BIJA: Nada, também conhecido como Ardhamatra.

DEIDADE: Ardhanarishvara, o Shiva – Shakti, meio-homem, meio-mulher, símbolo da polaridade básica. O lado direito é masculino; o esquerdo é feminino. Ardhnarishvara permanece em um lingam chamado Lingam Itara. O lingam é branco-brilhante, como a cor da luz.
A metade masculina de Ardhanarishvara possui pele azul-cânfora. Ele segura um tridente em sua mão direita, representando os três aspectos da consciência – cognição, coração e afeição.
P lado feminino de Ardhanarishvara é rosa. Ela usa um sari vermelho e, enrolados no pescoço e nos braços, vemos ornamenrtos dourados e brilhantes. Ela segura um lótus rosa, símbolo da pureza. Toda a dualidade cessa. Ardhanarishvara torna-se a entidade total, auto – emanente e nobre.
Shiva tem todo o comando sobre todos os aspectos do Ser neste plano de liberação, ou moska. O terceiro olho de Shiva é chamado de sva-netra, o órgão da clarividência. Tornado-se Shva-Sada, o eterno, Shiva não separa de Shakti como uma eternidade masculina em separado. Shiva Devata é o doador do conhecimento. Este conhecimento traz a respiração (prana) e a mente sob o controle de Ardhanarishvara.

SHAKTI: Hakini. Shakti Hakini possui quatro barcos e seis cabeças. Sua pele é rosa pálido, e suas jóias são de ouro e pedras preciosas que brilham. Usando um sari vermelho, ela está sentada sobre um lótus rosa com o pé esquerdo levantado. Concede o conhecimento da verdade incondicional e o esclarecimento da não-dualidade.
Em suas mão ela carrega os seguintes objetos:
- O tambor damaru de Shiva, que mantém um som grave constante que conduz o aspirante em seu caminho.
- Um crânio, símbolo do afastamento.
- Um mala para japa como instrumento centralizador.
- A última das mãos faz um mudra de transmissão de destemor.

EFEITOS DA MEDITAÇÃO: Aquele que medita neste chakra erradica todos os pecados ou impurezas e atravessa a sétima porta, além do chakra Ajna. A aura desta pessoa manifesta-se de forma tal que permite que todos os que vêm a sua presença se tornem calmos e sensíveis às freqüências sonoras refinadas AUM; o ritmo AUM é gerado pelo próprio corpo da pessoa. Ela agora é tattvatita – além dos tattvas. Todos os desejos são basicamente o papel do tattva e, quando estabelecida no local entre as sobrancelhas, ela vai além de todos os tipos de desejo que motivam a vida e impelem ao movimento em várias direções. A pessoa torna-se unidirecionada, um trikaladarsh, conhecedor do passado, presente e futuro. Ida e Pingala são limitadores do tempo. Até o quinto chakra o yogue é também limitado pelo tempo, mas como Ida e Pingala terminam ali, ele se move até o Sushumna, que é kalatita, além do tempo. O perigo de recair termina. Não há reverso espiritual, pois enquanto estiver no corpo físico ele estará em constante estado de consciência não-dual. Pode entrar em qualquer corpo à sua vontade. É capaz de compreender o significado interior do conhecimento cósmico e de gerar escrituras.
O indivíduo que evolui através do Chakra Ajna revela o divino interior e reflete a divindade interior dos outros. No quarto chakra ele evolui através de ananda (beatitude), e no quinto chakra através de chit (consciência cósnica). No Chakra Ajna ele se torna sat (verdade). Não há observado nem observador. Atinge a realização “Isso eu sou; Eu sou isso”, e personifica sat-chit-ananda, ou "ser-consciência-felicidade".
A realização no quinto chakra é SOHAM (“Isso eu sou”; do as, “Isso”; aham, “Eu sou”). No sexto chakra estas sílabas ficam invertidas, HAMSA. Quando o yogue medita no atman, ou o Ser em bindu ( o “ponto” que representa o infinito na sílaba AUM), este torna-se conhecido como HAMSA, que também é a palavra sânscrita para cisne, a ave que pode voar para locais desconhecidos das pessoas comuns. Aquele que habita esta consciência é chamado Paramhamsa.

CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS NO CHAKRA AJNA: O corpo da glândula pineal aparece no terceiro ventrículo envolvido pelo líquido cerebroespinhal. Este líquido aquoso claro flui do Chakra Soma (o Chakra da Lua), que se situa acima do Ajna. Ele se move nos espaços vazios (ventrículos) no cérebro e desce pela coluna vertebral até a base da espinha dorsal. A pineal ajuda a regular este fluxo de modo equilibrado. A própria glândula responda com muita sensibilidade à luz. Quando um indivíduo entra no Chakra Ajna, haverá luz em torno da sua cabeça e na sua aura.
O yogi mantém a respiração e a mente sob controle neste estado, por isso sustenta um estado contínuo de samadhi (não-dualidade realizada) durante todas as ações. Tudo o que deseja se realiza pela capacidade de induzir as visões do passado, presente e futuro.
Ida (corrente lunar), Pingala (corrente solar) e SShuma (corrente neutra central) se encontram no Chakra Ajna. Estes três “rios” se reúnem no Triveni, o local principal da consciência.
O sexto chakra engloba o plano da consciência (Viveka), o da neutralidade (Sarasvati), o solar (Yamuna), o lunar (Ganga), o da austeridade (Tapas), o da violência (Himsa), o terreno (Prithví), o líquido (Jala) e o da devoção espiritual (Bhakti).
O terceiro olho é a consciência. Os dois olhos físicos vêem o passado e o presente, enquanto o terceiro revela a visão do futuro. Toda a experiência e as idéias servem somente para esclarecer a percepção no Chakra Ajna. O plano da neutralidade (Sarasvatí) aparece como um equilíbrio entre as energias solar e linar dentro do corpo. Negativo e positivo, os componentes da dualidade ficam equilibrados em Sarasvati , deixando um estado de neutralidade e música pura. As energias nervossas solar (Yamuna) e lunar (Ganga) se entrelaçam em todos os chakras e se encontram em Sarasvati , tornando-se unas no Ajna. É o sentido da unidade com as leis cósmicas que aparece no plano da austeridade. A pessoa compreende que é um espírito imortal em um corpo temporal. O plano líquido lunar refrigera qualquer calor excessivo gerado pelos poderes ampliados e purifica a consciência. Bakti Loka, o plano da devoção espiritual, mantém o equilíbrio apropriado no interior do yogi.
No Chakra Ajna o próprio yogue se torna uma manifestação divina. Personifica todos os elementos em suas formas ou essências mais puras. Todas as alterações externas e internas não constituem um problema. A mente atinge um estado de esclarecimento cósmico não-diferenciado. Termina a dualidade.

Glaucia Cerioni - Professora e Praticante Yoga  

Copyright© 2013 ~ Hot Stock ~ Todos os Direitos Reservados

VISHUDDHA - QUINTO CHAKRA

NOME DO CHAKRA: VISHUDDHA - QUINTO CHAKRA

SIGNIFICADO DO NOME DO CHAKRA:"Puro"
LOCALIZAÇÃO: Plexo da carótida; garganta.
COR BIJA (SEMENTE): Dourada.
SOM DO BIJA-
SOM DA PÉTALA BIJA: Ang, Ãng, Ing, Ing, Ung, Ung, Ring ,Ring, Lring, Lring, Eng, Aing, Ong, Aung, Ang, Ahang.
FORMA DO TATTVA: Crescente.
SENTIDO PREDOMINANTE: Audição.
ÓRGÃO DO SENTIDO: Ouvidos.
ÓRGÃO MOTOR: Boca (cordas vocais).
VAYU (AR): Udana Vayu, que habita a região do cérebro correspondente à garganta. A tendência deste vayu é transportar o ar para a cabeça, auxiliando na produção do som.
ASPECTOS: Conhecimento; o plano humano.
TATTVA (ELEMENTO): Akasha; som
COR DO TATTVA: Púrpura-acizentado.
LOKA (PLANO): Jana Loka (plano humano).
PLANETA REGENTE: Júpiter.
FORMA YANTRA: O crescente. O yantra do chakra Vishuda é um crescente prateado dentro de um círculo, brilhante como a lua cheia, rodeado por dezesseis pétalas. O crescente prateado é o símbolo lunar do nada, o som cósmico puro. O quinto chakra é o local do som no corpo, localizado na garganta. O crescente é o símbolo da pureza, e a purificação é o aspecto vital do Chakra Vishuddha.
A lua em qualquer aspecto engloba a energia psíquica, a clarividência e a comunicação sem palavras; as pessoas do quinto chakra compreendem as mensagens não-verbais, pois toda a energia foi refinada. A lua também representa a presença do mecanismo resfriador na garganta. Aqui todos os líquidos e alimentos são colocados em temperatura adaptada ao corpo.

O CÍRCULO COM DEZESSEIS PÉTALAS: As dezesseis pétalas do lótus são de cor cinza-lavanda ou púrpura-esfumada. Dezesseis completa o ciclo onde um oitavoascende e o outro desce em torno do círculo. Aqui o aumento do número de pétalas em cada chakra chega ao fim. A energia flui para o quinto chakra das dezesseis dimensões. A expansão do conhecimento dá ao aspirante uma visão akasha. Akasha é de naturza da antimatéria. No quinto chakra todos os elementos dos chakras inferiores- terra, água,fogo e ar- estão refinados até a sua essência mais pura e dissolvem-se em akasha. O chakra Vishuddha é o cume da stupa, ou templo, dentro do corpo.

SOM BIJA: HANG. A cor deste bija é dourada (também descrita como sendo branco radiante com quatro braços). O som Hang é produzido formando-se uma oval com os lábios e empurrando-se o ar para fora da garganta. A concentração fica localizada na curva encovada do pescoço inferior. Quando devidanebte produzido, faz vibrar o cérebro, levando o líquido cérebro espinhal a fluir mais para a garganta, afetando-a por trazer qualidades suaves e melodiosas para a voz. As palavras faladas vêm do quinto chakra, verbalizando as emoções do coração. A voz das pessoas do quinto chakra penetra no coração do ouvinte. Este som puro afeta o ouvinte, alterando os espaços de sua mente e de seu ser.

VEÍCULO DO BIJA: O elefante Gaja, senhor supremo dos animais herbívoros. Sua cor é cinza - esfumado , a cor das nuvens. A confiança, o conhecimento da natureza e do ambiente e a conscientização do som surgem no Chakra Vishuddha, como ilustrado pelas grandes orelhas e pelo andar gracioso do elefante. O mais primitivo dos mamíferos sobreviventes, o elefante carrega todo o conhecimento passado da terra, ervas e palntas. Este animal tornou-se professor da paciência , momória, autoconfiança e da alegrai da sincronidade com a natureza.
O tronco único representa o som. Os sete troncos do elefante dp primeiro chakra, Airavata, caíram. Todo o remanescente é o som puro que traz a liberação.

DEIDADE: Shiva Panchavaktra. Panchavaktra posui pele azul – canforado e cinco cabeças, representando o espectro do olfato, paladar, visão, tato e audição, bem como a união dos cinco elementos em suas formas mais puras. Começando com a direita, as faces de Shiva simbolizam os seguintes aspectos:
- Aghora. Permanece de olhos arregalados em suaira e reside nos solos da cremação. Sua face é redonda; sua natureza é akasha.
- Ishana. Aparece no shivalingam. Possui face arredondada e sua natureza é água.
- Mahadeva. Sua face é centarl, sendo de forma oval. Sua direção é o Leste. Sua natureza é terra.
- Shiva Sada. O “Shiva eterno” possui a face quadrada e pode se expandir em todas as direções. Sua natureza é ar.
- Rudra. Senhor do sul, aparece com face triangular. Sua natureza é fogo.
Panchavaktra possui quatro barcos. Com um gesto em uma das suas mãos diretas, ele confere o destemor. Com a outra mão direita, que está pousada sobre o joelho, ele segura a mala (rosário) para japa. Uma das mãos esquerdas sustenta o tambor damaru que ecoa continuamente, manifestando o som AUM. A outra mão segura o tridente, o bastão de Shiva.
Panchavaktra pode ser visualizado no quinto chakra como o Grande Mestre, ou Mestre Guru. Todos os elementos se dissolveram na união, e o plano humano é entendido em sua totalidade. O homem compreende suas limitações em cada elemento. Esta compreensão do conhecimento eterno é apreendida quando todos os desejos movem-se para o sexto chakra. A centralização pelo equilíbrio de todos os elementos corporais traz um estado de não dualidade bem-aventurado. Através da meditação em Panchavaktra o indivíduo se eleva e se purifica de todos os carmas; morre-se para o passado e nasce-se novamente para a realização da unidade.

SHAKTI: Shakini. Uma personificação da pureza, Shakti Shakini possui a pele rosa – pálido e usa um sari azul – celste, com a parte superior verde. Senta-se sobre um lótus rosa à esquerda de seu Senhor Shiva de cinco cabeças. Shakti Shakini é a doadora de todos os altos conheciemnetos e siddhis (poderes). Seus quatro braços seguram os seguintes objetos:
- Um crânio, símbolo do afastamento do mundo ilusório das percepções sensoriais.
- Um ankusha, uma guia de elefante usada para contolar Gaja. O elefante do intelecto pode ser excessivamente independente, conduzindo sua própria intoxicação de conhecimento.
- As escrituras, representando o conhecimento da arte do correto viver sem complexos.
- Um mala, que age como um poderoso instrumento centralizador, pois as contas são tocadas pelos dedos uma por uma. Quando elas são sementes ou feitas de madeira, absorvem e retêm a energia do indivíduo. Quando de cristal, pedras ou materiais preciosos são altamente carregadas da sua própria energia eletromagnética. As pontas dos dedos estão diretamente relacionadas com a consciência. O trabalho com o mala remove o nervosismo e as distrações, e acalma o diálogo interior.
A memória, o juízo correto, a intuição e a improvisação estão todos relacionados a Shakti Shakini. O quinto chakra é o centro dos sonhos no corpo. A maioria dos ensinamentos de Shakti Shakini é revelada aos seus aspirantes através dos sonhos.

EFEITOS DA MEDITAÇÃO: A meditação no espaço vazio na área da garganta produz calma, serenidade e pureza, voz melodiosa, comando da fala e dos mantras, capacidade para escrever poesia, interpretação das escrituras e compreensão da mensagem escondida nos sonhos. Também torna a pessoa mais jovem, radiante (ojas) e um bom professor das ciências espirituais (brahma - vidya).

CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS NO CHAKRA VISHUDDHA: Aquele que atinge o chakra Vishuddha torna-se mestre de todo o seu ser. Aqui todos os elementos (tattvas) dissolvem-se no akasha puro e autoluminoso. Permanecem somente os tanmantras – as freqüências sutis destes elementos.
Cinco órgãos motores foram empregados na criação de todos os carmas: mãos, pés, boca, órgãos sexuais e ânus. Além disso, existem cinco koskas (revestimentos) da consciência: a densa, a que se move, a sensorial, a intelectual e a do sentimento. Cinco é o número do equilíbrio, o um com dois de cada lado. O planeta regente do chakra Vishuddha é Júpiter, que em sânscrito é chamado Guru, aquele que distribui conhecimento.
A terra se dissolve na água e permanece no segundo chakra como a essência do odor. A água evapora no terceiro chakra ígneo e permanece como essência do paladar. A forma do fogo entra no quarto chakra e permanece lá como essência da forma e a visão. O ar do quarto chakra entra em akasha e torna-se o som puro. Akasha personifica a essência de todos os cinco elementos – não tem cor, cheiro, paladar, tato ou forma – é livre dos elementos densos.
O chakra Vishuddha governa entre as idades de vinte e oito anos e trinta e cinco anos. As pessoas motivadas pelo quinto chakra dormem de quatro a seis horas por noite, alternando os lados.
A natureza atraente do mundo, dos sentidos e da mente não é mais um probelma. A racionalização suprema suplanta os elementos e as emoções do coração. O indivíduo buscará somente o conhecimento verdadeiro, além das limitações do tempo, das condições culturais e da hereditariedade. O principal problema encontrado no quinto chakra é o intelecto negativo, que pode ocorrer através da ignorância no uso insensato do conhecimento.
O chakra Vishuddha engloba os cinco planos de jnana (esclarecimento), e distribui felicidade, prana (força vital do corpo), que afeta o equilíbrio de todos os elementos, apana (ar que limpa o corpo) e vyana (ar que regula o fluxo do sangue). Jana loka (plano humano) torna-se vital, pois aqui o indivíduo recebe comunicação da sabedoria divina com dezesseis reinos dimensionais da experimentação, proporcionando o nascimento real do homem.
Aquele que entra no plano do chakra Vishuddha segue o conhecimento, caminho que conduz ao verdadeiro renascimento do homem no estado divino. Todos os elementos são transmutados na sua essência refinada, em sua manifestação mais pura. Quando isto ocorre, o ser se estabelece na consciência pura. Torna-se chitta, livre de grilhões do mundo e senhor do seu ser total. O chakra Vishuddha personifica chit, a consciência cósmica.

Copyright© 2013 ~ Hot Stock ~ Todos os Direitos Reservados

ANAHATA - QUARTO CHAKRA

NOME DO CHAKRA: ANAHATA - QUARTO CHAKRA

SIGNIFICADO DO NOME DO CHAKRA:"Intocado"
LOCALIZAÇÃO: Plexo cardíaco; o coração.
COR BIJA (SEMENTE): Dourada.
SOM DO BIJA-
SOM DA PÉTALA BIJA: YAM.
FORMA DO TATTVA: Hexagrama
SENTIDO PREDOMINANTE: Tato
ÓRGÃO DO SENTIDO:Pele
ÓRGÃO MOTOR: Mãos.
VAYU (AR): Prana Vayu. Habitando a região do tórax, é o ar que respiramos.
ASPECTOS Atingir o equilíbrio entre os três chakras acima do cardíaco e os três abaixo.:
TATTVA (ELEMENTO): Ar (sem forma, sem cheiro ou gosto).
COR DO TATTVA: Sem cor.
LOKA (PLANO): (plano do equilíbrio).
PLANETA REGENTE: Vênus (lunar feminino).
FORMA YANTRA: O hexagrama. O hexagrama verde-acinzentado do Chakra Anahata é circundado por doze pétalas escarlates. A estrela de seis pontas simboliza o elemento ar. Ar é prana, a respiração vital. Auxilia o funcionamento dos pulmões e do coração, fornecendo oxigênio fresco e força vital, isto é, a energia prânica. O ar é responsável pelo movimento, e o quarto chakra possui movimento em todas as direções. Este yantra é composto de dois triângulos sobrepostos. Um voltado para cima, simboliza Shiva, o princípio masculino. O outro triangulo, voltado para baixo, simboliza Shakti, o princípio feminino. Atinge-se o equilíbrio quando estas duas forças estão unidas em harmonias. O CÍRCULO COM DOZE PÉTALAS: O lótus de doze pétalas se abre partindo do circulo, sendo de cor vermelha. Elas representem à expansão da energia nas doze direções, e o seu fluxo, nas doze fontes. A compreensão da pessoa do quarto chakra não é linear (como no primeiro chakra), nem circular (como no segundo) ou triangular (como no terceiro). O quarto chakra se expande em todas as direções e dimensões, como uma estrela de seis pontas. O chakra cardíaco é local do equilíbrio dentro do corpo, movendo-se em direção a um fluxo energético uniforme, tanto nas direções ascendentes, como nas descendentes. O CÍRCULO COM OITO PÉTALAS: Dentro do Chakra Anahata está lótus de oito pétalas, no centro do qual repousa o coração espiritual, ou etérico. Este coração, conhecido Ananda Kanda, está voltado para direito, embora o coração físico volte-se para a esquerda. É neste coração espiritual que se medita sobre a divindade amada, ou sobre a luz. Estas oito pétalas estão ligadas às diferentes emoções, e quando a energia flui através delas, experimenta-se o desejo.

SOM BIJA: YANG. Quando o som Yang é formado, a língua repousa no ar, dentro da boca. Neste momento a concentração deverá estar centralizada no coração. Quando este som é apropriadamente produzido, o coração é vibrado, e qualquer bloqueio na região cardíaca, retirado; com o coração aberto, um fluxo livre de energia torna-se liberto para mover-se de maneira ascendente. O bija proporciona controle sobre o prana e a respiração.

VEÍCULO DO BIJA: Gamo (antílope). O gamo ou o antílope negro é o símbolo do próprio coração. O antílope salta com alegria e sempre é aprisionado pelas miragens dos reflexos. Muito atento sensível e cheio de inspiração, o gamo representa a natureza das pessoas do quarto chakra são inocentes e puros, e também magnéticos. Diz-se que o gamo morre por um som puro. O amor pelos sons interiores, anahata nada, é o amor das pessoas do quarto chakra.

DEIDADE: Ishana Rudra Shiva. Senhor do Nordeste. Ishana Shiva é inteiramente separado do mundo. De pele azul – canforado, representa a natureza das pessoas do quarto chakra, que é a felicidade perpétua. Usa uma pele de tigre, simbolizando o tigre da mente que habita a floresta dos desejos.
A natureza de Ishana é pacífica e beneficente. Segura um tridente em sua mão dierita e um tambor damaru na esquerda. A Ganga (Ganges) sagrada, fluindo, é uma corrente refrescante e purificadora de autoconhecimento: o conhecimento de “Eu sou Isso” (Aham Brahmasmi, “Eu sou Brahman”). As cobras enroladas em seu corpo são as paixões, que ele domou. É para sempre jovem, pois o envelhecimento, aspecto do terceiro chakra, foi ultrapassado.
Não há mais qualquer motivo para ligações com os prazeres, honras ou humilhações mundanas. Os desejos não são mais problemas, pois a energia do quarto chakra está equilibrada nas seis direções. A pessoa com o esclarecimento do quarto chakra vive em harmonia com os mundos exterior e interior.

SHIVA NO LINGAM: O quarto chakra contém um lingam no qual Rudra Shiva aparece como Sadashiva (sada, “eterno”; shiva “benfeitor”). É Shabda Brahma, o Logos eterno. Como tal, ele é Omkara, a combinação dos três gunas, sattva, rajas e tamas, que são representados pelos sons A, U e M, respectivamente, combinados para formar a sílaba sagrada AUM, ou OM. Segura um tridente, simbolizando os três gunas. Sua pele é azul-canforado, e usa uma pele de tigre dourada. O tambor damaru, que ele segura na mão, mantém o ritmo cardíaco.
Este shivalingam é o segundo lingam no corpo, conhecido como Lingam Bana (flecha), sendo o primeiro Lingam Svayambhu do primeiro chakra, em torno do qual está enroscada a serpente Kundalini. O lingam cardíaco pode ser o guia, a cada passo avisando ou inspirando o aspirante ao longo do caminho do movimento ascendente da energia pelo tempo que mantiver o batimento cardíaco sob observação. Aumento ou diminuição no ritmo serve como aviso de que existe erro na prática.
Este lingam irradia luz dourada, sendo formado de uma massa de tecidos no centro nervoso do Chakra Anhata. Brilha como uma jóia no centro do charamala (“guirlanda de chakras”, isto é, a espinha dorsal), com três chakras acima e três abaixo. Os sufis e misticos  de outras tradições instruem seus discípulos a visualizarem uma luz clara no coração, quando começam a praticar a subida da força Kundalini e a entrar em estados elevados de consciência. É aqui que é produzido o anahata nada, ou shabda brahma, o som cósmico intocado.

SHAKTI: Kakini. As quatro cabeças de Shakti Kakini representam o aumento de energia no plano do quarto chakra. Sua pele é rosada. Seu sari é azul-celeste, e está sentada sobre um lótus rosa. Shakti kakini inspira a música, poesia e arte. A energia no quarto chakra é autogeradora e auto-emanadora.
Em suas quatro mãos, Shakti Kakini segura os instrumentos necessários para obter-se equilíbrio:
- A espada fornece o meio de cortar os obstáculos que bloqueiam o fluxo ascendente da energia.
- O escudo protege o aspirante das condições mundanas exteriores.
- O crânio indica o afastamento de uma falsa identificação com o corpo.
- O tridente simboliza o equilíbrio das três forças de preservação, criação e destruição.
Shakti Kakini penetra todo o quarto chakra. Como o ar, ela penetra todos os lugares e fornece energia para todo o corpo através das freqüências emocionais de bhakti (devoção). No quarto chakra, bhakti é personificada como Shakti Kundalini, que se torna um complemento e ajuda Shakti Kakini na direção do movimento ascendente da energia.
Shakti Kakini tem o humor alegre enaltecido, sendo meditada como “voltada para a lua”, a Shakti de quatro cabeças decoradas com ornamentos. Estas são igualmente equilibradas, com a energia fluindo para os quatro aspectos do ser, isto é, o ser físico, o racional, o sensual e o emocional.
Shakti Kakini é responsável pala criação da poesia e das belas artes baseadas em um nível refinado e visionário. A arte mundana e a música, inspiradas no segundo chakra, são incapazes de levar a mente humana para os reinos elevados da consciência e pelo contrário, servirão somente para distração. Contrastando a arte inspirada pelo quarto chakra, Shakti Kakini é sincronizada com o ritmo do coração e, desta forma, com o ritmo do cosmos. A arte aqui centrada existe além do passado, presente e futuro. O esclarecimento do quarto chakra capacita o aspirante a transcender a falsa consciência do tempo das pessoas dos chakras inferiores.

SHAKTI KUNDALINI: è no chakra cardíaco que Shakti Kundali aparece, pela primeira vez, como uma bela deusa. Senta-se na postura de lótus dentro de um triangulo. Este está apontado para cima, revelando a tendência de Shakti, de mover-se de modo ascendente, levando o aspirante para os planos mais elevados de existência.
Vestida com um sari branco, Shakti Kundali é serena e centrada em si mesma. É a mãe virgem, sinônimo de shakti, devoção espiritual abnegada. Não personificada como uma força serpentina destruidora, como é no  primeiro chakra, Shakti Kundali torna-se agora uma deusa, podendo haver comunicação com ela, a energia que ascende. Não está mais enrolada em torno do lingam, mas sentada de maneira independente em uma postura do yoga.
Sentada na postura do lótus, Shakti Kundali personifica anahata nada, o som cósmico, que está presente em toda a parte, sendo conhecido como “baralho branco”. Este som começa no coração como AUM, a semente de todos os sons. O coração e a respiração desempenham papéis vitais no Chakra Anahata, porque o coração é o local de sensação mais importante do corpo, e quando se consegue o controle sobre o próprio padrão respiratório, o ritmo cardíaco fica simultaneamente regularizado. A pessoa atinge a consciência do quarto chakra consegue o equilíbrio sutil do corpo e da psique. O plano de santidade dentro deste chakra traz a percepção da graça divina em toda a existência.

EFEITOS DA MEDITAÇÃO: Evoluindo através do quarto chakra, domina-se a linguagem, a poesia e todos os empreendimentos verbais, bem como os indriyas, ou desejos e funções físicas. A pessoa torna-se senhor de si mesmo, ganhando sabedoria e força interior. As energias masculina e feminina ficam equilibradas, e a resolução das duas, interagindo fora do corpo, cessa como problema, pois todas as relações tornam-se puras. Os sentidos são controlados, e a pessoa flui livremente, sem os obstáculos de uma barreira externa. Aquele que está centralizado no quarto chakra evoluiu além das limitações circunstanciais e ambientais para tornar-se independente e auto-emanente. Sua vida passa a ser uma fonte de inspitação para os outros, pois descobrem paz e calma em sua presença. A visão divina evolui com o puro som no chakra Anahata, trazendo equilíbrio de ação e alegria. Obtém-se poder sobre vayu, o elemento ar. E pelo fato de o ar não ter forma, a pessoa do quarto chakra pode ficar invisível, viajar pelo espaço e entrar em corpos de outras pessoas.

CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS DO CHAKRA ANAHATA:  Dos vinte e um aos vinte e oito anos vibra-se no Chakra Anahata. A pessoa fica consciente do seu carma, das suas ações de vida. Bhakti, ou fé, é a força motivadora, pois se luta para conseguir o equilíbrio em todos os níveis. Esta pessoa dorme de quatro a seis horas por noite, do lado esquerdo.
O gamo do Chakra Anahata corre velozmente, mudando com freqüência de direção, em caminho angular. De modo similar, a pessoa que está amando pode ter qualidades e tendências do gamo, tais como os olhos sonhadores, andar sem rumo certo e voar. Quando sob controle, todas as perturbações emocionais cessam.
O Chakra Anahata engloba sudharma (religião correta ou adequada), boas tendências e os planos de santidade, equilíbrio e fragrância. Pode-se experimentar a expiação no Chakra Anahata, quando decretados carmas negativos. A clareza de consciência é a iluminação do puro que desenvolveu boas tendências e santificou sua vida para Jana Loka, o plano humano.

Copyright© 2013 ~ Hot Stock ~ Todos os Direitos Reservados

MANIPURA - TERCEIRO CHAKRA


NOME DO CHAKRA: MANIPURA - TERCEIRO CHAKRA

SIGNIFICADO DO NOME DO CHAKRA:" Cidade das Gemas"
LOCALIZAÇÃO: Plexo Solar; Plexo Epigástrico; Umbigo.
COR BIJA (SEMENTE): Dourada.
SOM DO BIJA-RAM (RANG)
SOM DA PÉTALA BIJA: Dang, Dhang, Rlang(palatais), Tang, Thang, Dang,Dhang(dentais),Nang,Pang,Phang (labiais).
FORMA DO TATTVA: Triângulo.
SENTIDO PREDOMINANTE: Visão.
ÓRGÃO DO SENTIDO: Olhos.
ÓRGÃO MOTOR: Pés e pernas.
VAYU (AR): Saman Vayu ,o vayu que habita o abdômen superior, na área do umbigo, ajudando o sistema digestivo. Transporta o sangue e química produzida no plexo solar através da assimilação. Com a ajuda de Saman Vayu, a rasa, ou essência, do alimento é produzida, assimilada e transportada para o corpo todo.
ASPECTOS: Visão, forma, ego, cor.
TATTVA (ELEMENTO): Fogo.
COR DO TATTVA:
LOKA (PLANO): (plano celestial).
PLANETA REGENTE: Sol (solar masculino).
FORMA YANTRA: Triângulo invertido. O triângulo vermelho, com a ponta voltada para baixo, está localizado em um círculo cercado de dez pétalas. O triangulo é a forma do elemento fogo. Este chakra é também chamado de plexo solar, sendo dominado pelo elemento fogo, que auxilia a digestão e a absorção do alimento para fornecer ao corpo inteiro a energia vital necessária à sobrevivência. O triangulo é a forma geométrica rígida mais simples: necessita somente de três lados, mas é inteiro em si mesmo. A visualização desempenha um grande papel na vida das pessoas do terceiro chakra. O fogo domina sua consciência, e seu calor pode ser sentido à distância. O triangulo invertido sugere o movimento descendente da energia.

O CÍRCULO COM DEZ PÉTALAS: As pétalas representam dez terminações nervosas importantes, dez fontes de energia, que flui em dez dimensões: seu padrão agora nem é circular, nem quadrangular. Seu movimento não é circular, como no segundo chakra. A cor das pétalas é azul da parte mais luminosa do fogo. As dez pétalas também representam os dez pranas, ou respirações vitais, como Rudras (formas primitivas de Shiva). Cada pétala apresenta um aspecto de Rudra Braddha (Shiva Velho).

SOM BIJA: RANG. O principal ponto de concentração durante a produção deste som é o umbigo. Quando repetido de maneira apropriada, o som Rang aumenta o poder digestivo e os de assimilação e absorção. O som também traz longevidade, objetivo principal de pessoas motivadas pelo terceiro chakra.
O bija RANG é sempre baseado em um triangulo. O triangulo voltado para baixo no Chakra Manipura possui três potões, e é de cor vermelho-carmim. A natureza do fogo é de mover-se para cima, e quando devidamente entoado, o fogo do Chakra Manipura assim se moverá.

VEÍCULO DO BIJA: O carneiro. O transportador do som bija RANG, é o carneiro, veículo de Agni, o deus do fogo. O carneiro representa a natureza da pessoa do terceiro chakra: é forte e ordena com a cabeça. O plexo solar é o terceiro chakra, o local do fogo dentro do corpo. As pessoas do terceiro chakra são dominadas pelo intelecto e pelo fogo, que é de natureza solar. Vivem em grupo e movem-se em direção ao objetivo desejado, sem pensar nas conseqüências – como um carneiro. Caminha com ar de orgulho, como se bebesse vaidade. Preocupa-se com a aparência e com o fato de andar na moda.

DEIDADE: Rudra Braddha (Shiva Velho): Senhor do Sul, Rudra Braddha representa o poder de destruição. Tudo o que existe a ele retorna. Possui a pele azul-cânfora e barba prateada. Senta-se sobre uma pele de tigre dourada esticada, coberta de cinzas. O tigre representa manas, a mente.
As pessoas do terceiro chakra mantêm o controle sobre a ira. A fisionomia deste chakra é a de uma pessoa velha, desinteressada. Identificação, reconhecimento, imortalidade, longevidade e poder são as motivações de uma pessoa do terceiro chakra. A lealdade abnegada aos amigos e a família cessa, pois a pessoa age somente para si.

SHAKTI: Lakini. No terceiro chakra, Shakti Lakini possui três cabeças. O alcance da visão aqui engloba três planos – físico, astral, celestial. Shakti Lakini está armada, tanto com a independência, como com o fogo. Segundo o Shat-chakra-nirupan, ela possui compleição escura, e cor de seu sari é amarela.
Em uma de suas quatro maõs, Shakti Lakini segura o raio, ou vajra (vara de condão), indicando a energia elétrica do fogo, bem como o calor físico que emana de dentro do corpo. Em sua segunda mão, ela segura a flecha disparada do arco de Kama, o Senhor do Sexo, no segundo chakra. Esta flecha se move para um objetivo, fornecendo o ímpeto para o movimento ascendente da energia. Sua terceira mão segura o fogo. Na quarta, Shakti Lakini forma o mudra (gesto de mão) da intrepidez concedida.

EFEITOS DA MEDITAÇÃO: A meditação neste chakra trará a compreensão da fisiologia, do funcionamento interno do corpo e do papel das glândulas de secreção interna em relação às emoções humanas. A concentração no umbigo, centro da gravidade do corpo impede a indigestão, constipação e todos os problemas da região intestinal. Consegue-se uma vida longa e saudável. Perde-se o egoísmo, atingindo-se o poder de criar e destruir o mundo. A fluidez vinda pelo segundo chakra assume a forma de praticabilidade. As fantasias assumem o caráter prático, desenvolvendo-se o poder de comandar e organizar. Atinge-se o controle da fala, podendo-se expressar as idéias de maneira muito eficaz.

CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS NO CHAKRA MANIPURA: Entre as idades de quatorze e vinte um anos, a pessoa é governada pelo Chakra Manipura. A energia motivadora deste chakra impele-a desenvolver o ego, sua identidade no mundo. Uma pessoa dominada pelo terceiro chakra lutará pelo poder pessoal e pelo reconhecimento, mesmo em detrimento da família e dos amigos. Esta pessoa dormirá entre seis e oito horas por noite, de costas.
O plano do Chakra Manipura engloba carma, caridade, compensação pelos erros, boa companhia, má companhia, serviço abnegado, tristeza, o plano do dharma e o plano celestial.
Dharma é a lei atemporal da natureza que une tudo o que existe. Permanecendo-se verdadeiro com sua natureza, as relações com o outro serão mais estáveis e claras. O equilíbrio do Chakra Maipura é o serviço abnegado, isto é, servir sem esperar recompensa. A prática da caridade esclarecerá o caminho da ação, ou carma. Cada pessoa deve estar consciente de suas ações para atingir o equilíbrio em sua vida. Uma vez obtido, entrará no plano celestial da iluminação.

Glaucia Cerioni - Professora e Praticante Yoga 

Copyright© 2013 ~ Hot Stock ~ Todos os Direitos Reservados