domingo, 1 de abril de 2012

Sushumna

  O Sushumna está situado no centro do corpo e passa através da meru danda (coluna vertebral)
  O Sushumna se origina no Chakra Muladhara, percorre o corpo, transpassa o talu (palatu na base do crânio), e se une ao Sahasrara (plexo do mil nádis no topo do crânio), conhecido como ("Lótus das Mil Pétalas"). Este nádi se divide em dois ramos; o anterior e o posterior.
O anterior vai para o Chakra Ajna, situado no ponto entre as sobrancelhas e se une ao Brahma Randhara. O posterior passa por trás do crânio e se une ao Brahmara Gupha ("caverna da abelha") e Andhara Kupa ("poço cego", ou décimo portal). Externamente é a "moleira" que está aberta no nascimento. Em um recém-nascido, pode-se observar a pulsação neste ponto durante as primeiras semanas de vida; após o sexto mês, ela começa a endurecer. Depois deste tempo será aberta somente através de práticas especiais de Laya Yoga, Srava Yoga, Kriya Yoga ou Nada Yoga. Nos shastas (escrituras antigas), lê-se que quem dixa o corpo pelo décimo portal atravessa o "caminho sem retorno" (Isto é a liberação do ciclo da morte e do renascimento). Existem yogis que seguem disciplinas que preparam este portal, de modo que sua última respiração carregue a alma para a liberação. O verdadeiro aspirante, desejoso da liberação, trabalhará o ramo posterior do Sushumna.

 Outro aspecto especial do Sushumna é não ser limitado pelo tempo. Quando o yogi em meditação se coloca no ponto médio entre as sobrancelhas, no Chakra Ajna (terceiro Olho), e transcende o prana na região de Brahma Randhra, ele fica além do tempo. Torna-se um trikaladarshi (conhecedor do passado, presente e futuro). No Chakra Ajna, ele vai além da dimensão do tempo e a morte não o alcança. As funções do corpo físico param, e o processo de envelhecimento se interrompe no momento anterior à morte todos os seres humanos respiram a inalação do Sushumna, quando ambas as narinas trabalham simultaneamente. Diz-se que a morte – com exceção da acidental – não acontece quando predomina Ida ou Píngala. Isto é, quando somente opera a narina direita, ou se a respiração está sendo feita predominantemente pela esquerda.
Os Nádis Sarasvati e Brahama são outras denominações de Sushumna. Não são identificações apropriadas, pois o Sushumna é um canal onde existem outros nádis sukhma (sutis), e Sarasvati é um nádi complementar de Sushumna que flui fora dele no lado esquerdo. Este nádi é responsável pelo sonho, alucinações e visões. Chitra em sânscrito, significa pintura ou desenho. É automaticamente ativo nos pintores, artistas visionários e poetas. O final do Nadi Chitra é chamado Brahma dvara ("a porta de Brahman"), e o Devi Kundalini ascende porta até a abóboda final – O Chakra Manasa, Lalana ou Soma – o local do encontro de Kameshavara e Kameshvari (Shiva e Shakti), logo acima do ponto reside Kamadhenu (a vaca que satisfaz os desejos).

Como mencionado anteriormente, o Chakra Muladhara é o ponto de encontro dos três principais nádis, sendo chamado de Yukta Triveni (Yukta, "envolvimento"; triveni "encontro das três correntes"). Do Muladhara eles se movem alternadamente através do chakra até atingirem o Ajna, onde novamente se reúnem formando um nó frouxo com o Sushumna. Aqui o encontro das três correntes é chamado Mukta Triveni (mukta, "liberado"), Como o sexto chakra (ajna) está além dos elementos, o yogi que atinge este nível por seu poder, via Sushumna, está liberto da escravidão. Uma vez estabelecido, o yogi mantém um estado de kevali kumbhaka (capacidade de reduzir o fluxo da respiração). Além do nó no Chakra Ajna, Ida e Píngala terminam nas narinas esquerda e direita, respectivamente, e assim Chitra e Vajra agem como correntes lunares e solares, e o Nadi Brahma, como o ígneo Sushumna tamasika. Os nádis Vajra e Chitra são as correntes solar e lunar interiores do sushumna. Um yogi estabelecido neste chakra torna-se um tattvatita (além dos elementos), mas ainda sujeito as alterações de humor criadas pela predominância de um ou outro guna (atributo, qualidade); ainda não é gunatita (além dos atributos). Quando guanatita atinge o nirvkalpa samadhi (também chado de nirbijha, ou samadhi "sem semente") um estado especial de meditação profunda e duradoura.

No espaço fora do meru danda (coluna vertebral), à esquerda e a direita, estão os Nadis Ida e Píngala. A substância do Nadu Sushumna, que está no meio, é composta de canais triplos. Os gunas. Os Nadis Vajra e Chitra começam em um ponto da largura de dois dedos acima do Sushumna.

Glaucia Cerioni - Professora e Praticante Yoga 

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